BALLETS DE REPERTÓRIO 

Os ballets de repertório contam uma história usando a dança, a música e a mímica. Foram montados e encenados durante o século XIX, e até hoje são remontados com as mesmas músicas e suas coreografias de origem, baseados no estilo da escola que vai apresentá-lo. Seguem tradicionalmente sua criação. No palco se apresentam os grandes bailarinos, o corpo de baile e atores. Neles se inserem as coreografias de grupos, as variações dos primeiros bailarinos e os famosos GRAN PAS DE DEUX, que contêm o pas de deux, solo masculino, solo feminino e coda. Normalmente as sequencias de passos não podem ser mudados e os figurinos também devem seguir os modelos originais.

Veja abaixo alguns repertórios famosos que nossos alunos já representaram e outros:

 

COPPÉLIA

 

Ficha Geral

Nome: Coppélia.

Coreografia: Arthur de Saint-León.

Música: Léo Delibes.

Libreto: De Nuitter e Saint-León.

Cenário: Cambon, Despléchin e Lavastre.

Estréia: O bailado estreou no Teatro Imperial da Ópera de Paris no dia 25 de maio de 1870.

Principais papéis: Nos principais papéis estavam Giuseppina Bozacchi( Swanilda)-então com 15 anos e E. Fiocre (Frantz).

História

Ato I: Praça de uma cidade da Cracóvia. Swanilda está enciumada: seu noivo, Frantz, parece estar apaixonado pela suposta filha de um fabricante de bonecos, o Dr. Coppelius. Coppélia, porém, não passa de uma boneca mecânica que faz o movimento de atirar beijos, no que é respondida por Frantz. Swanilda o surpreende nessa atitude e ameaça romper o noivado. Para provar sua indiferença, dança uma czarda com os amigos. Ela recolhe a chave que o Dr. Coppelius deixara inadvertidamente cair e chama as amigas. Temeroso, o grupo abre a porta e entra na loja do misterioso velhinho.

 Ato II: Interior da loja. Coppélia está sentada entre outros bonecos, tendo um livro nas mãos. Ao se aproximarem, Swanilda e as amigas descobrem que ela é uma boneca de corda. Aliviadas colocam todos os bonecos em movimento. Coppelius interrompe furioso e põem todas em fuga; menos Swanilda, que resolve pregar uma peça no velho vestindo-se com as roupas da boneca e assumindo o seu lugar. Entra Fratz , em busca da “filha” de Coppelius. Este aproveita a oportunidade para tentar realizar um sonho: através de passes mágicos transferir a vida de alguém para a sua Coppélia. Ele força Frantz a beber até que fique embriagado. Realiza então uma série de passes cabalísticos, Swanilda entra na brincadeira e finge ganhar vida, deixando o velho enlouquecido com suas danças rápidas e sensuais. Por fim, preocupada com o noivo, resolve acabar com o jogo e revela sua identidade. Coppelius desmaia e a dupla foge.

Ato final: Esse ato é na verdade um brilhante divertimento. Os vilarinhos estão reunidos para celebrar a benção do sino da igreja e o casamento de Fratz e Swanilda. O Dr. Coppelius entra furioso exigindo uma indenização dos prejuízos causados em sua loja. O Burgomestre entrega-lhe uma bolsa e o balé se encerra em clima de alegria e confraternização geral. 

 

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DOM QUIXOTE

Ficha Geral

Nome: Dom Quixote, ballet em três atos baseado na obra homônima de Miguel de Cervantes.

Estréia: 26 de Dezembro de 1869, no Teatro Bolshoi pelo Ballet Imperial.

Coreografia: Marius Petipa e Alexander Gorsky.

Figurinos: Vadim Rindim.

Cenários: Vadim Rindim.

Iluminação: Natasha Katz.

Música: Ludwing Minkus.

Bailarinos de estréia: Anna Sobeshenskaya (Kitri), Serguei Sokolov (Basilio).

História

Prólogo: Levado pela visão de Dulcinéia, Dom Quixote começa sua aventura ao lado de seu fiel escudeiro Sancho Panza.

Ato I: Sevilha. Kitri, a filha de Lorenzo, está apaixonada por Basilio, mas decobre que seu pai quer casá-la com Gamache, um nobre. Dom Quixote e Sancho Panza entram na vila, provocando grande comoção. Ao olhar para Kitri, Dom Quixote pensa que achou sua Dulcinéia. Movidos pela idéia do casamento arranjado, Kitri e Basilio, aconselhados por Espada e Mercedes, decidem seguir Dom Quixote e Sancho Panza. Gamache e Lorenzo perseguem o casal.

Ato II. Cena I: Acampamento cigano. Dom Quixote e Sancho Panza descobrem o casal fugitivo em um amigável acampamento cigano. Todos estão inspirados pelo clima de romance da noite. A visão de Dulcinéia aparece novamente para Dom Quixote, que percebe que Kitri não é sua idealizada, e que pertence a Basilio. De repente o vento ganha ímpeto. Dom Quixote então ataca os moinhos de vento, pensando que são gigantes ameaçando a segurança de Dulcinéia. Se sentindo miserável, ele cai em sono profundo.

Ato II. Cena II: O sonho. Dom Quixote tem um sonho encantado com belas moças, onde a imagem de Kitri simboliza sua Dulcinéia.

Ato II. Cena III: É Aurora. Lorenzo e Gamache interrompem o sonho de Dom Quixote. Simpatizante do amor do jovem casal, Dom Quixote diz o caminho errado para os homens.

Ato II. Cena IIII: A taverna. Finalmente descoberta, Kitri é forçada por Lorenzo a aceitar o casamento com Gamache. O frustrado Basilio comete 'suicídio'. Sem saber da farsa, Kitri implora que Dom Quixote convença Lorenzo a desposar o 'cadáver'. Então Basilio 'ressucita'. Kitri vai se arrumar para o casamento enquanto Dom Quixote e Basilio agradecem Lorenzo e Gamache por terem aceitado o inevitável.

Ato III: O casamento. A vila celebra o matrimônio. Dom Quixote congratula o casal, dá um caloroso adeus e continua suas aventuras. 

 

 

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La Fille Mal Gardée

 

Ficha Geral

Nome: La Fille mal Gardée, bailado pantomima em dois atos e três quadros.

Estréia: Foi representado pela primeira vez em Bordéus em 1786.

Coreografia: Poema e coreografia de Dauberval.

Música: Primeiramente era uma seleção de trechos populares. Mais tarde a peça recebeu uma partitura completa de Ferdinand Hérold.

Bailarinos da estréia: Anna Pavlova, com grande estrela como Lisa e Pierre Vladimirof como Colas.

Personagens: Simone, dona de uma própera fazenda; Lisa sua filha; Colas, jovem camponês, apaixonado por Lisa; Thomas, rico vinhateiro; Alain, seu filho; o notário da Aldeia.

História  

O enredo é muito simples, pois trata do desejo da mãe em ver a filha casada com um ricaço, ridículo, e que em nada pode despertar o amor. A filha ama um camponês pobre. Aliás, esse bailado já foi apresentado com o título A Inútil Precaução, usado por muitas obras, inclusive como subtítulo da ópera O Barbeiro de Sevilha, de Rossini.

Ato I: O primeiro ato representa uma pequena aldeia, tendo a um lado a fazenda da viúva Simone. O dia amanhece. Lisa sua filha está apaixonada por Colas, um jovem camponês das redondezas. A mãe, entretanto, planeja casá-la com Alain, cujo pai, Thomas, possui um vinhedo e é muito rico. O primeiro ato transcorre numa série de qüiproquós e confusões, com os dois jovens apaixonados procurando fugir da severa vigilância materna. Destacam-se a dança das galinhas e dos gatos, no início; a dança da fita de Lisa; e o pas de deux de Lisa e Colas com a fita.

Ato II: O segundo ato nos apresenta um trigal. A colheita foi feita e dos festejam alegremente. Thomas, querendo impressionar, trouxe um carrinho puxado por um pônei, onde coloca Lisa. Mas Alain é um perfeito imbecil. Uma tempestade dispersa a festa. Alain é arrastado pela força do vento.

Ato III: O terceiro ato representa o interior da fazenda de Simone. Ela e a filha estão chegando encharcadas pela chuva. Simone tranca a porta e coloca a chuva, numa enorme corrente, dentro do bolso de sua saia. Em seguida, vai à troca fiar, e Lisa a ajuda a enrolar o fio. Logo, a velha adormece. Lisa tenta tirar a chave, mas a mãe acorda. Toma de um pandeiro, e as duas põem-se a dançar. Simone volta a dormir. Surge Colas no postigo da porta. Os dois jovens se beijam e se abraçam. Percebendo que Simone está acordando, Colas fecha o postigo, e Lisa volta a dançar. Batem à porta. São os aldeões que vêm a cobrar pelas suas jornadas. Simone lhes paga. Dança dos aldeões. Simone sai com os trabalhadores, mas deixa Lisa trancada. De repente, Colas surge do meio do monte de feixes. Os enamorados trocam juras de amor e seus lenços. Percebendo que Simone está de volta, Lisa esconde-o um quarto em cima da escada. A jovem finge que está varrendo, mas a velha desconfia de algo ao ver o lenço e pergunta onde arranjou. Lisa fica confusa, e Simone a tranca no mesmo quarto em que estava Colas. Batem à porta. Chegam Thomas, Alain e o notário da aldeia para celebrar o contato nupcial. Alain chama os camponeses para presenciarem a assinatura do contrato. Simone diz que Alain pode ir buscar a noiva no quarto, mas, assim que ele começa a subir a escada, Colas lhe barra o caminho. Em seguida surge Lisa. Os jovens se ajoelham e pedem que os deixem casar-se. O notário e os camponeses também intercedem por eles. A final, Simone dá seu consentimento, para sua tristeza para tristeza de Thomas e Alain. O bailado termina com uma alegre festa rústica, depois de um pas de deux dos noivos. 

 

 

 

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Paquita

Ficha Geral

Nome: Paquita.

Músico: Edouard Delvedez.

Coreografia: J. mazilier e Marius Petipa.

Estréia: Paris, teatro Imperial de Música (atual Ópera de Paris) em 01/04/1846.

Bailado: Em dois atos e três cenas.

História

A história transcorre em Saragoza, na Espanha. Em uma festa na casa de Dom Lopezestão todos sentados esperando a dança dos ciganos. Dom Lopez tenta aproximar Lucien, seu filho, da filha do governador. Os dois jovens não gostam muito da idéia. Entra Paquita, a cigana, e Inigo, o chefe dos ciganos e começam a dançar. Paquita e Lucien trocam olhares. Ao acabar a dança, Inigo pede a Paquita para passar o chapéu entre os convidados. Ela não gosta e Inigo ameaça bater-lhe, quando Lucien surge na sua frente. Inigo percebe o interesse de Lucien em Paquita. O governador chama Inigo e juntos tramam a morte de Lucien, combinando de usar Paquita para atraí-lo. Paquita e Lucien encontram-se a sós e ele pede a ela que fuja com ele. Ela, assustada, não aceita. Todos vão embora, e Lucien diz que irá depois, porque os ciganos darão uma festa em sua homenagem. Enquanto isso, Inigo e o governador estão tramando a morte de Lucien. Quando Paquita escuta que eles colocarão veneno na bebida do jovem, eles se retiram e, Paquita, nervosa, faz barulho. Inigo a surpreende, mas ela o convence que acabara de entrar. Entra Lucien, que pede abrigo a Inigo, que concorda. Paquita tenta avisá-lo por sinais de que corre perigo. Inigo pede que Paquita prepare a refeição. Lucien se dá conta do perigo. Durante o jantar, Paquita mostrará o que ele pode beber ou não. Ao chegar a bebida envenenada, Paquita derruba uns pratos e, na confusão, ela troca os copos. Logo depois, Inigo adormece. Os dois fogem, pois os guardas do governador iriam chegar para matar Lucien. Os dois vão até a casa do Conde de Hervilly, onde contam que o governador tramou tudo com o cigano. Paquita reconhece a fisionomia do Conde como se fosse seu pai. O Conde diz que ela era sua sobrinha, e que seu irmào havia sido morto por ciganos. Ela entende ser a única sobrevivente do ataque, passando a ser criada por Inigo. O Conde manda prender toda a comitiva do governador, e adota sua sobrinha dando uma bela festa junto com Lucien. 

 

 

 

 

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O Quebra Nozes

Ficha Geral

Nome: Quebra-nozes.

Estréia: teve sua primeira apresentação no dia 18 de dezembro de 1892.

Coreografia: A coreografia original é creditada normalmente a Marius Petipa e seu assistente Leon Ivanov.

Bailarinos de estréia: Depois de mais de 50 anos de história, um dos mais marcantes "Quebra-nozes" foi realizado em 1954 no New York City Ballet, com coreografia de George Balanchine. Este Ballet foi apresentado por Rudolf Nureyev, Royal Swedish Ballet (1967) e England's Royal ballet (1968) e Mikhail Baryshnikov, American Ballet Theatre (1976). Com tantas produções deste ballet, ele se tornou um dos mais lembrados no repertório clássico de natal, no teatro , no balé e no gelo.

História

A história se passa na Europa Oriental, durante o século XIX. Um médico e prefeito da cidade, Jans Stahlbaum se maravilha ao realizar um Natal para sua família e amigos. Seus dois filhos, Clara e Fritz, esperam ansiosos por seus convidados. A neve traz uma atmosfera festiva enquanto os convidados chegam. Atrasado, como sempre, chega Herr Drosselmeyer, padrinho de Clara, que chega com grande festa. Ele entrete todos os espectadores com seus bonecos dançantes. Todas as crianças recebem presentes. Com um pouco de inveja, Clara pergunta a Drosselmeyer por seu presente. Ele brinca com ela e depois a oferece um presente bem diferente, um quebra-nozes. Encantada, Clara logo se fascina pelo brinquedo. Seu irmão rouba seu presente e o quebra, deixando Clara desapontada. Drosselmeyer conserta o pobre quebra-nozes, mas Clara ainda está desapontada. Mas o padrinho promete que tudo ficará bem. A noite chega e os convidados começam a deixar a casa. Clara vai para a cama, mas ela acorda de repente no meio da noite e vê que seu querido Quebra-Nozes tomar vida. Ó não! Surgem ratos malvados de todos os lados! Eles estão sendo comandados pelo Rei dos Ratos, que corajosamente é derrotado pelo quebra-nozes. De lá eles são transportados para uma terra de magia, numa embarcação especial. Lá o Quebra-Nozes se transforma num encantador Príncipe. Eles atravessam uma terra encantada onde encontram os dançantes flocos de neve. Avisada pelos anjinhos, a Fada Açucarada fica sabendo que o príncipe e sua acompanhante chegam, e assim convoca todo o povo de seu Reino dos Doces. Ao chegar, o príncipe conta suas aventuras como quebra-nozes, e em seguida os dois são deliciados com as mais gostosas guloseimas, com todos os personagens do reino dos doces dançando para eles. Ao final, Clara acorda e percebe que tudo foi um sonho. E que sonho maravilhoso!!!! 

 

 

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Harlequinade

Ficha Geral

Coreografia: Oleg Vinogradov depois Marius Petipa

Música: Riccardo Drigo.

Figurino: Galina Solovieva.

Ballet em 3 atos e cinco cenas.

1ª apresentação: Teatro de Hermitage de São Petersburgo, em 10 de fevereiro de 1900.

 

História

É o pico do carnaval de Veneza, um dia que vinha apenas uma vez um ano. Colombina está no balcão de sua casa, prestando atenção à agitação das preparações finais para as festividades.

Após fugir da casa, ela desaparece na multidão mascarada de farrista dançando. O pai Colombina, Cassandre agarra-a pela mão e tenta impedir que ela se junte à celebração.

Ela tem que esperar seu noivo, o mercante rico Leandre. Cassandre determina que Colombina se casará com Leandre.

Entretanto, Colombina está apaixonada pelo simples e bom de coração, Harlequin, e opõe-se ao plano de seu pai a casar-se com Leandre. Cassandre trava a porta e ordena que seu empregado Pierrô não dê a chave a ninguém.

Com um beijo, ela consegue pegar a chave de Pierrô. O bom de coração de Colombina, Harlequim e seus amigos que não poderiam encontrá-la no carnaval, vêm à casa e cantam um linda serenata à Colombina. Pierretta abre a porta para Harlequin, e Harlequin e  Colombina têm finalmente uma possibilidade de compartilharem juntos alguns momentos felizes.

Cassandre retorna para casa e encontra Colombina nos braços de Harlequim, e ele fica muito irritado. Ele encontrou um noivo maravilhoso para sua filha e determina que ela se case com o homem que ele escolheu.

Cassandre ordena que seus empregados retirem Harlequin da casa, e ordena-os mais uma vez que Colombina não saia de casa. Harlequin pensa como tirar Colombina da casa e salvá-la, e de como conseguir a permissão de Cassandre para casar-se com ela.

A rainha do carnaval, Fierina, chega na praça da cidade e pergunta com mágoa por Harlequin, “porque você chora no meio do carnaval?” Ele conta sua triste história a Fierina, e ela oferece ajudar-lhe. Convida-o a juntar-se aos soldados que a acompanham. Entretanto, uma figura cômica que carrega um bandolim aproxima da casa de Cassandre. Nada mais é do que Leandre, quem Cassandre escolheu para casar-se com Colombina. Ele veio tentar atrair a atenção de Colombina com uma serenata.

Suas raras tentativas de romance não trazem nada mais do que risos de Colombina. Mas Colombina tampa as suas orelhas, e redobra sua determinação para encontrar uma maneira se escapar do balcão.

Neste momento, os empregados avisam que um importante visitante chegou. O convidado de Cassandre é Fierina, rainha do carnaval. Fierina pergunta a Cassandre se ele arranjou um casamento para sua filha.

Cassandre traz o noivo de Colombina, Leandre, mas Colombina expressa sua objeção à escolha do seu pai, dizendo que está apaixonada por Harlequin.

Cassandre diz que não pode consentir o seu casamento com Harlequin porque ele não tem nada. Fierina informa-o que Harlequin recebeu uma grande herança. Harlequin carrega uma grande caixa de jóias. Cassandre se surpreende e insultado Leandre começa a brigar com Harlequin. Harlequin ganha a luta. Agora não existe nenhum obstáculo à felicidade de Colombina.

Os dois amantes oferecem sua gratidão a Fierina e o carnaval continua. 

 

 

 

 

 

 

 

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O Corsário

Prólogo - O Naufrágio

Um grupo de piratas, Conrado, Birbanto e o escravo Ali, são surpreendidos no mar por uma forte tempestade, em pouco tempo seu navio encalha.

Ato I

Cena I

Conrado e os outros piratas são levados até a praia pelas ondas. Jovens gregas, lideradas por Medora e Gulnara aparecem na praia, e logo descobrem o naufrágio, imediatamente Medora e Conrado se apaixonam. Em seguida um grupo de mercadores turcos, comandados por Lankendem, em busca de jovens mulheres para serem vendidas como escravas. Os turcos capturam as jovens gregas por uma boa quantia oferecida por Lankendem, que as leva para o mercado escravo. Os corsários as seguem, para tentar resgatá-las.

Cena II – O Mercado Escravo

Em meio ao povo surge o rico Paxá Seid, procurando por belas mulheres para serem compradas para seu harém. Lankendem mostra ao Paxá todas as mulheres capturadas em suas viagens por terras distantes, mas nenhuma lhe causa interesse, até que apresenta Gulnara, dançando com ela um Pas d’action (Pas d’esclave).
Encantado com sua beleza, o rico Paxá paga enorme quantia para tê-la em seu harém, mas o trunfo de Lankendem havia sido guardado para o final, a bela Medora. Imediatamente o Paxá faz sua oferta, mas para sua surpresa um desconhecido faz uma oferta maior do que a sua, ganhando a disputa por Medora. O desconhecido revela ser Conrado e leva embora, juntamente com os outros corsários, Medora, suas amigas e o mercador Lankendem, este último preso.

Ato II – A Caverna dos Corsários

Conrado e os outros corsários levam Medora e suas amigas para dentro de sua caverna, onde guardam seus tesouros. No auge das celebrações Medora e Conrado declaram seu amor e Ali, o mais fiel corsário à Conrado, jura ser um devotado escravo à Medora. Os três dançam o Grand Pas Classique (também chamado Grand Pas de Deux a Trois ou Le Corsaire Pas de Deux).
Uma das mulheres pede à Medora que interceda, em nome de todas, para que sejam libertadas. Conrado promete libertá-las, mas Birbanto, um dos corsários, e seus amigos protestam, iniciando uma briga. Conrado cumpre o prometido, o que leva Birbanto e seus amigo a firmar acordo com Lankendem, em troca de sua liberdade Lankendem ensinaria-lhe uma poção, que quando espirrada em flores, qualquer um que as cheirasse adormeceria imediatamente.
Conrado e Medora aparecem, felizes com a chance de estarem finalmente sozinhos. Lankendem dá a Medora um buquê de flores para que ela dê a Conrado, que ao cheirá-las adormece. Lankendem, Birbanto e seus parceiros capturam Medora. Conrado acorda e juntamente com Ali vai em busca de Medora, para salva-la novamente.

Ato III

Cena I – O Harém do Paxá

Gulnare está sendo festejada pelo Paxá quando Lankendem chega com mais três lindas mulheres para entreter o harém. Elas dançam o Pas de Trois (o Grand Pas de Trois des Odalisques), em seguida o mercador traz o grande prêmio, Medora, apesar de muito triste por ter sido capturada ela se anima ao ver sua amiga Gulnare.

Cena II – Le Jardin Animé

Medora, Gulnare e as mulheres do harém vão juntas a um jardim repleto de flores e fontes mágicas, celebrar a beleza, graça e harmonia.

Cena III – O Resgate

O Paxá é alertado sobre a chegada de misteriosos peregrinos, o que coincide com a oração da tarde, sendo então conduzida pelo seu líder, que é na verdade Conrado disfarçado. Sua identidade é revelada, mas a tempo de resgatar Medora e Gulnare.

Epílogo

Medora, Conrado, Gulnare e Ali partem em busca de novas aventuras. 

 

 

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Giselle

Ficha Geral

Nome: Giselle, ballet dividido em dois atos.

Coreografia: Jules Perrot e Jean Coralli.  

Música: Adolphe Adam.

História

Ato I:

Alemanha. Um quente raio de sol abre o dia. É época da vindima. Num canto, meio escondida entre a vegetação, encontra-se uma cabana de camponês humilde e simples. Ao longe, em cima do rochedo, vê-se uma destas habitações feudais, onde o Duque Albrecht, lá do alto, viu passar uma doce e charmosa criatura. É Giselle, filha de Berthe. Albrecht, apaixonado, veste-se de vindimador e vai morar em frente da cabana de Giselle. Giselle acredita ser ele apenas um rapaz da vila chamado Loys e apaixona-se por ele. É de manhã e os camponeses partem para a vindima. Entra em cena Hilarion, o jovem guarda-caças da vila, que também está loucamente apaixonado por Giselle. Ele se dirige à casa dela e encontra com Berthe. O jovem Duque sai de sua cabana acompanhado de seu criado Wilfrid, que insiste para que Albrecht (Loys) não prossiga com este namoro, mas ele persiste, pois está encantado e ordena a seu criado para deixá-lo. Loys aproxima-se da cabana de Giselle, bate na porta e se esconde. A porta se abre. É Giselle que sai, ágil e alegre como todos os corações puros. "Ela vai dançar, pois não dança desde ontem". Eles se encontram mas Hilarion interrompe o idílio de Giselle, lembrando seu amor por ela. Mas Giselle, apaixonada por Loys, repele Hilarion e, juntando-se alegremente às suas amigas e companheiros, comemoram o fim da colheita das uvas. Berthe, sua mãe, sai a sua procura. Ao vê-la adverte, pois Giselle é frágil do coração. A fadiga, as emoções lhe serão fatais: "Você acabará morrendo e irá se transformar em uma Willi, e irá ao baile mágico onde levará os viajantes na ronda fatal. Você será uma vampira da dança". Assim, Giselle é forçada a entrar na cabana. Soam as trompas de caça e Wilfrid aparece para avisar ao seu senhor que um grupo de nobres se aproxima. Hilarion observa, e na primeira oportunidade, entra na cabana de Loys, a fim de desvendar o mistério que o cerca. o grupo de caça chega, junto com o príncipe e sua filha Bathilde, noiva de Albretch (Loys). O calor do dia os incomoda e procuram aquele lugar para descansar. Bathilde se encanta com a dança de Giselle e descobrindo que ela está comprometida e apaixonada, dá-lhe um colar de presente. Eles se retiram, o Príncipe ordena que deixem uma trompa para chamá-los em caso de necessidade. Isso faz com que Hilarion compare os brasões da trompa com os da espada de Loys. Finalmente, tendo em mãos a oportunidade de desmascarar Loys, Hilarion espera o momento em que todos estão presentes e conta toda a verdade. Giselle não acredita. Hilarion, então, toca a trompa e aparece o Príncipe acompanhado de Bathilde. Loys (Albrecht), fica perplexo e confuso, mas quando Bathilde declara que Albrecht é seu noivo, o choque tira a razão de Giselle. Uma sombra de delírio a invade. É a loucura. Giselle, por um momento, revive seu amor por Loys, mas a dor é grande e tomando a espada, crava-a em seu corpo.

Ato II:

Soa a meia noite sob a terra fria da floresta. Lugar sinistro, de árvores com troncos torcidos e entrelaçados, que possui uma atmosfera de suspiros e lágrimas. É o lugar onde se passa o baile mágico da Willis. Elas são os espíritos das jovens que foram enganadas e morreram antes do dia do seu casamento. Elas se reúnem ali e obrigam jovens rapazes a dançar até a morte. É meia noite, hora lúgubre, e Hilarion está ali de vigília na sepultura de Giselle. Surge uma sombra transparente e pálida. É Mirtha, a rainha das Willis. Ela evoca forças e com um galho de alecrim toca todos os cantos, fazendo surgir outras Willis que se agrupam graciosamente em torno dela. Neste momento, elas tiram Giselle de sua sepultura para iniciá-la em seus ritos. Ela dança com suas graciosas irmãs, mas um barulho ao longe faz com que todas Willis se dispersem e escondam no bosque. É Albrecht, que chega trazendo flores. Giselle surge para ele. O seu amor por ele ainda vive... Albrecht tenta pegá-la mas ela desaparece... Ele sai à sua procura... Neste momento, Hilarion é pego pelas Willis. Mirtha, a rainha, ordena-o a dançar até a exaustão, fazendo-o cair nas profundezas do lago. As Willis começam então uma orgia alegre, dirigida por sua rainha triunfante, quando uma delas descobre Albretch e o traz para o círculo mágico. Mas no momento em que Mirtha vai tocá-lo, Giselle se lança na frente de Albretch, protegendo-o. Giselle leva-o à proteção da cruz em seu túmulo, mas Mirtha usa seu poder sobre Giselle para forçá-la a dançar. Albrecht não suporta e abandona a cruz que o preservava da morte e aproxima-se de Giselle. Eles dançam até que Albrecht cai de exaustão. Mas neste momento surge a aurora, quebrando o poder da Willis. O amor de Giselle por Albrecht salva-o. 

 

 

 

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La Bayedére

Ficha Geral

Nome : La Bayadére, ballet em três atos e 5 cenas.

Estréia: 04 de fevereiro de 1877, no Teatro Marijinsky de São Petersburgo.

Coreografia: Marius Petipa, e mais tarde natalia makarova e Rudolph Nureyev.

Músicas: Ludwig Minkus.

Bailarinos da estréia: Ekaterina Vazem (Nikiya), Lev Ivanos (Solor), Christian Johannsen (Rajá) e Maria Gorshenkova (Gamzatti).

História

Ato I. Cena 1: No Exterior do Templo Hindu Solor, jovem guerreiro, após uma caçada bem sucedida, envia seu servo ao Rajá levando-lhe de presente um trigre por ele morto. Solor permanece no exterior do templo com a esperança de ver sua amada, Nikiya. O Sacerdote Brâmane tenta demonstrar seu amor à Bailadeira, porém é rejeitado. Magdaveya, um faquir, avisa Nikiya que Solor está a sua espera. Ela deixa o templo e vai ao encontro de Solor, que procura induzir Nikiya a fugir com ele. Ela consente, mas obriga o rapaz a jurar fidelidade diante do fogo sagrado. O Sacerdote Brâmane surpreende a conversa entre os dois, e jura vingar-se.

Ato I. Cena 2: No Palácio do Rajá O Rajá sente-se muito satisfeito com o presente que Solor lhe traz e oferece-lhe a mão da própria filha em casamento, a linda Gamzatti. O guerreiro temendo recusar essa grande honra e cativado pela beleza de Gamzatti, esquece o voto feito a Nikiya. O Sacerdote Brâmane vem ao palácio e conta ao Rajá o namoro de Solor com Nikiya. Sabendo da intenção do Rajá em casar sua filha com Solor, Nikiya vai ao palácio e revela a Gamzatti seu amor por ele e implorando-lhe que o deixe para ela. Gamzatti tenta comprar Nikiya com jóias e presentes. Nikiya recusa e num acesso de desespero ameaça Gamzatti com um punhal. Chocada com seu próprio gesto foge apavorada. Gamzatti jura que Solor será seu e com a ajuda de sua aia planeja uma terrível vingança.

Ato I. Cena 3: A Festa do Noivado A festa de noivado. Na celebração do noivado de Solor e Gamzatti, o Rajá ordena que Nikiya dance com as demais bailadeiras. Durante a dança a aia lhe oferece uma cesta de flores na qual se esconde uma serpente venenosa. Nikiya é mordida e agoniza. O Sacerdote Brâmane se prontifica a salvá-la caso ela aceite pertence-lhe. Após ver Solor com Gamzatti, a jovem recusa, e morre.

Ato II: O Reino das Sombras Solor acha-se tomado de pesar e remorso pela morte da amada. Magdaveya, querendo distraí-lo daquelas sombrias disposições, lhe dá ópio para fumar. Solor adormece e sonha que, em companhia de Nikiya, visita uma terra desconhecida. A seus olhos apresentam-se os espectros da bailadeiras. Por fim ele encontra Nikiya entre elas e jura que nunca mais tornará a abandoná-la.

Ato III: O Ritual do Casamento Dentro do templo de Buda, Solor, atormentado, é levado a se casar com Gamzatti, quebrando seu juramento a Nikiya. A profecia da Bailadeira realiza-se, acontece uma terrível trovoada e o templo cai em ruínas. Dos escombros aprece Nikiya, que vem buscar Solor para viverem seu amor na eternidade. 

 

 

 

 

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O Lago dos Cisnes

Ficha Geral

Nome: O lago dos Cisnes- Ballet em quatro atos baseado na versão francesa de um conto de fadas alemão.

Música: Piotr IIyich Tchaikovsky.

Coreografia: Primeira coreografia por Julius Reisinger. Segunda coreografia e de sucesso por Marius Petipa ( atos I e III) e Lev Ivanov ( ato II e IV).

Estréia: Primeira apresentação em Moscou a 4 de maio de 1877, no Bolshoi Theater (versão de Reisinger). Segunda versão a estrear somente em 27 de janeiro de 1895, no Marijinsky Theater, em São Petersburgo.

Elenco de estréia: Pierina Legnani (Odette-Odile), Pavel Gerdt (Príncipe Siegfried), Alexander Oblakov (Benno), Alexei Bulgakov (Von Rothbart).

História

Ato I: Uma campina próxima ao castelo. É tarde. O Príncipe Siegfried organizou uma caçada para celebrar seu vigésimo primeiro aniversário. Os trabalhadores tiveram folga e organizaram um piquenique que o Príncipe prometeu ir, mas este foi interrompido pela Rainha, sua mãe, que o lembrou que era seu dever nesta sua maioridade de escolher uma noiva entre seis princesas. Quando o sol vai se pondo os trabalhadores vão indo embora. O Príncipe, triste em pensar que sua liberdade iria embora foi animado por Benno, que avistou alguns cisnes. O Príncipe, pensando que a noite é uma criança, vai à busca deles, e os outros caçadores vão embora.

Ato II: Algumas horas depois, à beira do lago. Enquanto o Príncipe Siegfried adentra a floresta para caçar, vê um belo cisne a voar. Ele cuidadosamente o mira, mas, para sua surpresa, o pássaro se transforma na mais linda das moças, e ele se esconde por entre as árvores para observá-la. Incapaz de conter sua curiosidade, ele aparece e a assusta. Ele assegura que nenhum mal irá fazer para com ela e a pede que explique o fenômeno que acabara de presenciar. Impressionada por sua gentileza, Odette revela a história de sua situação. Ela conta que é uma Princesa nascida em berço de outro que foi enfeitiçada por um feiticeiro malvado e agora sua sina é ser um cisne ; apenas em algumas horas do escuro é que ela se transforma em humana. O lago em que habita foi formado pelas lágrimas de sua mãe. Ela conta que está condenada para a eternidade, e somente se um jovem virgem jurar eterna fidelidade a ela e desposá-la, só assim ela se libertará. Mas, se ele a trair, então ela permanecerá um cisne para sempre. Neste momento o feiticeiro aparece. O Príncipe apaixonado pega seu arco e flecha, mas Odette imediatamente protege o feiticeiro com seu corpo, pois sabe que se ele for morto antes do feitiço ser quebrado, também ela morrerá. O feiticeiro desaparece, e Odette se esconde na floresta. Siegfried percebe que seu destino está agora mudado. A alvorada começa a aparecer Odette é tomada mais uma vez pelo feitiço, retornando a seu disfarce de cisne. Siegfried vai embora desesperado.

Ato III: A noite seguinte, no Salão de Festas. Convidados de muitas realezas aparecem para a festa de aniversário, incluindo as seis princesas e seus dotes, de que a Rainha Mãe escolhera como elegíveis esposas para a mão de seu filho. A Rainha ordena que o entretenimento comece, e então convida as princesas a dançar. O Príncipe dança com cada uma. Sua mãe então o ordena que se decida, mas ainda com a memória de Odette, ele recusa todas, para desgosto da mãe. A fanfarra anuncia então a chegada do Barão Von Rothbart com sua filha Odile. Siegfried, que se encanta com a beleza de Odile é seduzido por sua semelhança com Odette, e declara seu amor e fidelidade a ela. Rothbart e Odile, triunfantes, revelam sua decepção, e Siegrfried percebe que foi vítima de um plano malvado. Ele corre então no meio da noite.

Ato IV: À noite na beira do lago. Todos os cisnes estão ansiosos pelo desaparecimento de Odette. Ela aparece e conta do plano de Rothbart, dizendo que antes do amanhecer ela deve morrer. Houve-se o barulho de um trovão. Siegfried a acha e implora seu perdão. Enquanto o amanhecer se aproxima, Rothbart aparece mais uma vez disfarçado de feiticeiro. Odette conta a Siegfried que ela deve se matar, ou então será eternamente um cisne. Siegfried, sabendo que seu destino está mudado para sempre, declara que ele irá morrer com ela, assim quebrando o poder de Rothbart. Os apaixonados se jogam no lago. Rothbart recebe um choque mortal e todo o seu poder está acabado. Enfim, o casal estará unido para sempre na vida após a morte. 

 

 

 

 

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